sábado, 3 de novembro de 2018

Márcio França saiu dessa eleição como o grande vencedor

EDITORIAL

A história do estado de São Paulo é marcada por dois grandes ciclos políticos, desde a proclamação da República. Entre 1889 e 1930 os paulistas tiveram sua administração pública controlada pelo PRP (Partido Republicano Paulista), legenda composta, hegemonicamente, por cafeicultores. O segundo ciclo político é do domínio do PSDB, de 1994 até hoje (e se João Dória permanecer no cargo para o qual foi eleito, o partido permanecerá até 2022, completando, ao total, 28 anos de gestões tucanas).

Desde 1994 várias tentativas de apear o PSDB do Palácio dos Bandeirantes fracassaram. Em 1998, Paulo Maluf perdeu no segundo turno para Mário Covas. Em 2002, José Genoíno enfrentou Geraldo Alckmin e, mesmo com a força eleitoral de Lula que seria eleito pela primeira vez naquele ano, não conseguiu vencer o tucano de Pindamonhangaba. Em 2006, 2010 e 2014 as vitórias do PSDB com José Serra e duas vezes seguidas com Alckmin foram com ainda mais propriedade, todas no primeiro turno.

Em 2018 a eleição para o Palácio dos Bandeirantes realmente foi única, pois o PSDB lançou um nome novo no partido, João Dória, que havia sido eleito, em 2016, prefeito da capital Paulista. Contra ele, os principais adversários eram Paulo Skaf, do MDB, Márcio França, do PSB e Luiz Marinho, do PT. 

As eleições de 2018 ficarão fortemente marcadas como sendo aquelas em que o fenômeno eleitoral de Jair Bolsonaro (PSL) em sua candidatura à presidência foram dominantes. Essa dominância, inclusive, foram responsáveis pelas vitórias de vários governadores, entre eles, João Dória, do PSDB.

Dória, que no segundo turno enfrentou Márcio França, soube muito bem depositar sobre o adversário todo o sentimento anti-petista atual da população de São Paulo. Se França fosse de qualquer outro partido, teria sido eleito. Foram 700 mil votos que deram a vitória para João Dória. França, que até hoje só foi filiado a um único partido, o próprio PSB, foi vítima do sentimento generalizado e um pouco histérico, de anti-esquerdismo.

Contudo, o governador Márcio França saiu fortalecido da disputa. De um político de média expressão, conhecido apenas em São Vicente, onde foi prefeito muito bem avaliado, França fez nome e se formou como uma expressão forte da alternativa anti-tucana em São Paulo. Hoje já correm informações de que ele disputará a prefeitura de São Paulo em 2020.


segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Leia o discurso integral de vitória de Jair Bolsonaro

"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.

Nunca estive sozinho. Sempre senti a presença de Deus e a força do povo brasileiro.

Orações de homens, mulheres, crianças, famílias inteiras que, diante da ameaça de seguirmos por um caminho que não é o que os brasileiros desejam e merecem, colocaram o Brasil, nosso amado Brasil, acima de tudo.

Faço de vocês minhas testemunhas de que esse governo será um defensor da Constituição, da democracia e da liberdade. Isso é uma promessa não de um partido. Não é a palavra vã de um homem. É um juramento a Deus.

A verdade vai libertar este grande país, e a liberdade vai nos transformar em uma grande nação.

A verdade foi o farol que nos guiou até aqui e que vai seguir iluminando o nosso caminho.

O que ocorreu hoje nas urnas não foi a vitória de um partido, mas a celebração de um país pela liberdade.

O compromisso que assumimos com os brasileiros foi de fazer um governo decente, comprometido exclusivamente com o país e com o nosso povo --e eu garanto que assim será.

Nosso governo será formado por pessoas que tenham o mesmo propósito de cada um que me ouve neste momento: o propósito de transformar o nosso Brasil em uma grande, livre e próspera nação.

Podem ter certeza de que nós trabalharemos dia e noite para isso. Liberdade é um princípio fundamental: liberdade de ir e vir, de andar nas ruas, em todos os lugares deste país, liberdade de empreender, liberdade política e religiosa, liberdade de informar e ter opinião. Liberdade de fazer escolhas e ser respeitado por elas.

Este é um país de todos nós, brasileiros natos ou de coração. Um Brasil de diversas opiniões, cores e orientações.

Como defensor da liberdade, vou guiar um governo que defenda e proteja os direitos do cidadão que cumpre seus deveres e respeita as leis; elas são para todos. Porque assim será o nosso governo; constitucional e democrático.

Acredito na capacidade do povo brasileiro, que trabalha de forma honesta, de que podemos juntos --governo e sociedade-- construir um futuro melhor.

Esse futuro de que falo e acredito passa por um governo que crie as condições para que todos cresçam. Isso significa que o governo federal dará um passo atrás --reduzindo a sua estrutura e a burocracia; cortando desperdícios e privilégios, para que as pessoas possam dar muitos passos à frente.

Nosso governo vai quebrar paradigmas: vamos confiar nas pessoas. Vamos desburocratizar, simplificar e permitir que o cidadão, o empreendedor, tenha mais liberdade para criar e construir e seu futuro.

Vamos "desamarrar" o Brasil.

Outro paradigma que vamos quebrar: o governo, de verdade, a Federação. As pessoas vivem nos municípios; portanto, os recursos federais irão diretamente do governo central para os estados e municípios. Colocaremos de pé a federação brasileira. Nesse sentido é que repetimos que precisamos de mais Brasil e menos Brasília.

Muito do que estamos fundando no presente trará conquistas no futuro. As sementes serão lançadas e regadas para que a prosperidade seja o desígnio dos brasileiros do presente e do futuro. Esse não será um governo de resposta apenas às necessidades imediatas.

As reformas a que nos propomos serão para criar um novo futuro para os brasileiros. E quando digo isso falo com uma mão voltada para o seringueiro no coração da selva amazônica e a outra para o empreendedor suando para criar e desenvolver sua empresa. Porque não existem brasileiros do sul ou do norte. Somos todos um só país, somos todos uma só nação!

Uma nação democrática!

O estado democrático de direito tem como um dos seus pilares o direito de propriedade.

Reafirmamos aqui o respeito e a defesa deste princípio constitucional e fundador das principais nações democráticas do mundo.

Emprego, renda e equilíbrio fiscal: é o nosso compromisso para ficarmos mais próximos de oportunidades e trabalho para todos.

Quebraremos o círculo vicioso do crescimento da dívida, substituindo-o pelo círculo virtuoso de menores déficits, dívidas decrescente e juros mais baixos.

Isso estimulará os investimentos, o crescimento e a consequente geração de empregos. O déficit público primário precisa ser eliminado o mais rápido possível e convertido em superávit.

Este é o nosso propósito.

Aos jovens, uma palavra do fundo do meu coração: vocês têm vivido um período de incerteza e estagnação econômica. Vocês foram e estão sendo testados a provar sua capacidade de resistir. Prometo que isso vai mudar. Esta é a nossa missão. Governaremos com os olhos nas futuras gerações e não na próxima eleição.

Libertaremos o Brasil e o Itamaraty das relações internacionais com viés ideológico a que foram submetidos nos últimos anos. O Brasil deixará de estar apartado das nações mais desenvolvidas.

Buscaremos relações bilaterais com países que possam agregar valor econômico e tecnológico aos produtos brasileiros. Recuperaremos o respeito internacional pelo nosso amado Brasil.

Durante a nossa caminhada de quatro anos pelo Brasil, uma frase se repetiu muitas vezes: "Bolsonaro, você é a nossa esperança".

Cada abraço, cada aperto de mão, cada palavra ou manifestação de estímulo que recebemos nesta caminhada fortaleceram o nosso propósito de colocar o Brasil no lugar que merece.

Nesse projeto que construímos, cabem todos aqueles que têm o mesmo objetivo que o nosso.

Mesmo no momento mais difícil desta caminhada, quando, por obra de Deus e da equipe médica de Juiz de Fora, ganhei uma nova certidão de nascimento, não perdemos a convicção de que juntos poderíamos chegar a esta vitória.

É com esta mesma convicção que afirmo: ofereceremos a vocês um governo decente, que trabalhará, verdadeiramente, para todos os brasileiros.

Somos um grande país, e agora vamos juntos transformar esse país em um grande nação. Uma nação livre, democrática e próspera!

BRASIL ACIMA DE TUDO,

DEUS ACIMA DE TODOS!"



quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Disputa pelo Palácio dos Bandeirantes racha base de Jair Bolsonaro em São Paulo

COPYRIGHT AGÊNCIA O POVO DE SÃO PAULO



O segundo turno da eleição para o governo de São Paulo coloca frente a frente dois ex-aliados políticos: o ex-prefeito da capital João Dória Júnior, do PSDB e Márcio França, atual governador e antigo vice de Geraldo Alckmin. Na eleição de Dória para a prefeitura em 2016, França atuou fortemente nos bastidores fazendo a articulação política para o empresário. Dória agora tenta negar a ligação que tem com Partido Socialista Brasileiro, de França, tentando, por meio da propaganda eleitoral gratuita, associar o governador com a esquerda, chamando-o de "Márcio Cuba".

A estratégia de João Dória até parece ter conquistado parte do eleitorado Paulista, mais sensível com a associação de políticos com a esquerda. Por sua vez, o governador Márcio França obteve apoios importantes de setores conservadores do estado, como o do presidente licenciado da FIESP e terceiro colocado na eleição estadual desse ano, Paulo Skaf. França também é apoiado pelo senador eleito pelo PSL Major Olímpio e pelo Major Costa e Silva, do PSDC, que obteve 747.462 e ficou em quinto lugar. O PDT, que no primeiro turno colocou o ex-prefeito de Suzano, Marcelo Cândido, na disputa agora também apoia França.

Dória conseguiu o apoio de Rodrigo Tavares, do PRTB, partido coligado ao PSL de Bolsonaro e candidato oficial do presidenciável em São Paulo no primeiro turno. Além de Tavares, a jornalista Joice Hasselmann, eleita deputada federal com mais de 1 milhão de votos pelo PSL já embarcou de cabeça na campanha do tucano. Oficialmente, o PSL, está neutro na eleição Paulista.


quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Candidato a governador Major Costa e Silva é vítima de tentativa de assassinato

Major Costa e Silva, candidato ao governo de São Paulo pela Democracia Cristã, foi alvo de um atento na noite dessa quarta-feira, quando voltava de agenda de campanha, na cidade de Mauá, na grande São Paulo.

A assessoria do candidato afirmou que dois homens se aproximaram em uma moto e efetuou disparos contra o carro do candidato. O candidato Major Costa e Silva não foi alvejado mas seu assessor, o capitão Munhoz foi baleado.

Segundo informações dadas pelo site Terça Livre, o carro do candidato capotou e caiu dentro do rio. Hamilton Munhoz, o assessor do Major, foi baleado, o tiro foi interrompido pelo colete a prova de balas. Os dois foram levados ao Hospital Santa Helena, em Santa André.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

CPTM inaugura trem entre o Brás e Guarulhos

Nesta semana, informa a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, deve ser iniciada a operação comercial entre as estações Brás, na região central e a cidade de Guarulhos, na grande São Paulo, por meio da Linha 13 Jade.

O começo da operação está previsto para a próxima quarta feira, dia 3 de outubro. O valor da passagem é o padrão usado em toda a demais rede: R$ 4,00. O percurso deve ser de 35 minutos, facilitando a vida de quem precisa ir até o Aeroporto de Cumbica.

HORÁRIOS

Nos dias úteis, as viagens serão seis em direção ao Brás e outras seis no sentido Aeroporto-Guarulhos nos seguintes horários: 6h20, 7h00, 7h40, 18h00, 18h40 e 19h20. Aos sábados, o serviço funcionará somente no período da manhã com três viagens em cada sentido que partirão às 6h20, 7h00 e 7h40. Não haverá por enquanto serviço prestado aos domingos.

domingo, 30 de setembro de 2018

Morre a cantora Angela Maria

Internada para tratar de uma infecção, veio a óbito hoje a cantora Angela Maria, de 89 anos. Ela estava em tratamento na unidade Itaim Bibi do Hospital Sancta Maggiori, em São Paulo.

Seu funeral ocorreu às dez horas, pela manhã, no Cemitério de Congonhas.

Domingo de manifestações a favor de Jair Bolsonaro

Após o registro de manifestações no dia de ontem com o lema #elenao marcadas pelas redes sociais, neste domingo, 30, estão previstas atividades de militância de apoiadores do candidato do PSL Jair Bolsonaro.

O candidato não deve se fazer presente em nenhuma delas, dada sua condição ainda frágil, após a alta do Hospital Israelita Albert Einstein.

São esperados milhares de pessoas, sobretudo em São Paulo, na Avenida Paulista, que deve dar o tom da intensidade das manifestações de apoio ao candidato Social Liberal.

DEBATE

Hoje, com início às 22:00 haverá debate presidencial na Record TV. A mediação será de Celso Freitas e Adriana Araújo.